O autor e detentor do Prêmio Nobel Elie Wiesel manteve uma conversa com um renomado rabino, a quem dirigiu a pergunta: "Rabino, como se pode acreditar em Deus depois de Auschwitz?". Depois de um prolongado silêncio, o rabino respondeu numa voz quase inaudível: "Como se pode não acreditar em Deus depois de Auschwitz?
Lembremo-nos do provérbio de Deng Xiaoping: "Não importa se o gato é preto ou branco, desde que ele pegue ratos".
A experiência chinesa me faz lembrar de um amigo que costumava perguntar-se: "O que faria um ateu?", zombando deliberadamente do slogan "O que faria Jesus?". No fim ele parou de se propor a pergunta porque não descobriu respostas confiáveis.
C. S. Lewis disse: "Quem lê a História descobre que os cristãos que mais fizeram pelo mundo presente foram precisamente aqueles que mais pensaram no mundo futuro [...] Mire o céu, e você vai ter a terra como lucro. Mire a terra, e você não vai ter nem uma coisa nem outra".
Aprendi que a graça, como a água, sempre flui para baixo.
Por mais baixo que seja o ponto que atingimos, a graça flui até esse ponto mais obscuro.
Vejam as duas mulheres mencionadas, uma raridade em genealogias judaicas. Tamar, uma viúva sem filhos, precisou vestir-se de prostituta e seduzir seu sogro para produzir sua contribuição para a linhagem de Jesus. Raabe não apenas fingiu, como de fato ganhou a vida como prostituta. E Bate-Seba foi o alvo da luxúria de Davi e provocou o mais famoso escândalo real do Antigo Testamento. Essas ancestrais suspeitas mostram que Jesus entrou na história humana aceitando a realidade nua e crua, um descendente disposto a assumir sua vergonha. Também mostram o poder da redenção que essas mulheres na história de alguém que trouxe a salvação para o mundo.
Uma mulher que ganha a vida vendendo seu corpo. Num ato de ousadia incrível, ela irrompe pela casa de um fariseu desafiando as regras do ritual da purificação e derrama um dispendioso perfume sobre os pés de Jesus e, de modo provocador, esfrega a mistura de lágrimas e perfume com seus cabelos soltos. Perfume era o maior bem para uma prostituta num ambiente de deserto, o que explica por que sua oferta equivalia talvez aos salários de um ano inteiro. Ao derramar seu bem mais precioso sobre os pés de Jesus, essa mulher abandona sua carreira e confia todo o seu futuro a Jesus.
Em 1948, o poeta americano Chad Walsh, em seu primeiro livro sobre Lewis, conferiu-lhe o título apropriado: Apóstolo dos céticos. Ponto por ponto, ele desmantela barreiras intelectuais à fé e abre a imaginação e a mente para outra maneira de ver.
D. L. Moody, ao ser questionado se estava repleto do Espírito, respondeu: "sim, mas há vazamentos em mim".
Agostinho observou que o mal não tem o poder de criar, sendo apenas capaz de torcer e distorcer o bem criado por Deus.
Há uma frase comumente repetida na associação dos A.A.: "A religião é para gente que acredita no inferno. A espiritualidade é para gente que já esteve lá".
Um individuo não decide um belo dia:"Acho que vou me tornar um viciado". Não, o que acontece é que alguém sente alguma dor, ou rejeição ou solidão e procura alguma coisa que o alivie disso. No começo a "substância" parece funcionar porque ela entorpece os sentimentos negativos e proporciona um pico de euforia. Mas depois, nas palavras de Dan Wakefield, a dependência continua expandindo o próprio vazio que ela deveria preencher: traz menos alívio e apenas um puco de prazer.
No fim a dependência começa a prejudicar de fato: prejudica os pulmões, o fígado, o cérebro e também os relacionamentos. Um adolescente descobre os arquivos de pornografia infantil no computador de seu pai. Uma esposa tropeça num e-mail da amante de seu marido. Uma mãe sai do nevoeiro da bebedeira e vê a marca vermelha de sua própria mão no rosto da filha. Uma viatura da polícia para na entrada da garagem para examinar um carro depois de um acidente seguido de fuga. A espiral descendente acaba... no fundo do poço. O pecado cobrou seu tributo.
Seria muito difícil encontrar uma melhor imagem do oprimido que a de Bartimeu. Como tantas outras pessoas deficientes e pobres aqui da Índia, ele sobrevivia de esmolas. Cego, ele tinha poucas opções naquele tempo. Para piorar as coisas, seu próprio nome em hebraico significava "filho do lixo" ou "filho da sujeira", de modo que todos os que o chamassem pelo nome intensificavam o insulto. Bartimeu representa os desclassificados do mundo inteiro, aqueles que não podem sobreviver sem ajuda externa.
"Filho de Davi, tem compaixão de mim", gritava Bartimeu à medida que Jesus se aproximava, e a multidão de admiradores de Jesus tentava fazê-lo calar. Mendigos como Bartimeu causam embaraço aos cidadãos locais. Além disso, Jesus estava passando por Jericó no ponto culminante de sua popularidade e sem dúvida tinha uma agenda cheia. Não incomode o famoso rabino - ele tem coisas importantes a fazer! Para Jesus, que compromisso poderia ser mais importante do que mostrar compaixão para com um mendigo cego? Ele parou, chamou o barulhento Bartimeu e imediatamente o curou.
"Olho por olho, dente por dente, e logo o mundo inteiro seria de cegos e desdentados".
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