A História do Brasil em 50 Frases - Jaime Klintowitz

          Cristóvão Colombo descobriu a América e morreu pensando ter chegado às Índias. Vespúcio foi o primeiro a reconhecê-la como novo continente - e foi ele quem espalhou a boa nova na Europa. "Quem relata e explica torna-se, muitas vezes, mais importante que o verdadeiro autor", escreveu Stefan Zweig.

          Se não fosse Imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro. (Dom Pedro II)

          O melhor programa econômico de governo é não atrapalhar aqueles que produzem, investem, poupam, empregam, trabalham e consomem. (Barão de Mauá)

          "Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são". (Mario de Andrade)

          Eu proporia que se substituíssem todos os capítulos da constituição por artigo único: Todo brasileiro fica obrigado a ter vergonha na cara (Capistrano de Abreu)

          Nem tão depressa que possam pensar que estou com medo, nem tão devagar que possa parecer provocação. (Senador Pinheiro Machado)

          Ghiggia brincava com as lembranças do maracanaço: "Apenas três pessoas, com um único gesto, calaram o Maracanã com 200 mil pessoas: Frank Sinatra, o papa João Paulo II e eu."

          Rui Barbosa é uma vítima de seus idólatras. O baiano ilustre, que marcou quarenta e tantos anos da vida brasileira com sua presença fulgurante nos setores da política, do direito e das letras, foi um homem excepcional, mas um homem, não um deus."

          Aprovada pela Academia Brasileira de Letras em 18 de janeiro de 1923,  grafia Brasil tornou-se oficial por decreto federal de 14 de junho de 1931.

          "De onde menos se espera, dali é que não vem nada." (Barão de Itararé)

          "Esse mundo é redondo mas está ficando muito chato."

          "Mais vale dois marimbondos voando que um na mão."

          "Sabendo levá-la, a vida é bem melhor do que a morte."

          "Le Brésil n'est pas un pays sérieux." (Charles de Gaulle)

          "O Sarney é uma tatuagem que eu trago e de que não consigo me livrar. Por mais que eu lave, não sai." (Ulysses Guimarães)

"O amor por princípio e a ordem por base, o progresso por meta." (Augusto Comte)

          "Se é bom para os Estados Unidos, desconfie".

          "Que país é este?" (Francelino Pereira)

          "Serenamente dou o primeiro passo no caminho a eternidade e saio da vida para entrar na história." (Getúlio Vargas)

          A situação, explicou Carlos Lacerda na televisão, era a seguinte: "Juscelino não será candidato, se for candidato não será eleito, se for eleito não tomará posse, se tomar posse não governará."

          "Fi-lo porque qui-lo".

          O neto Aécio Neves conta que, nos dias finais, debilitado e sofrendo com as dores causadas por tubos, suturas e cateteres, Tancredo expressou um derradeiro lamento: "Eu não merecia isso."

          O primeiro presidente civil depois de 21 anos de trevas deveria ter subido a rampa do Palácio do Planalto em 15 de março para a celebração da esperança de um recomeço para o Brasil. Subiu 38 dias depois, dentro de um caixão levado nos ombros de cadetes das Forças Armadas. Em lugar de festa, um velório.

          Fernando Collor de Melo recebeu 42,75% dos votos, contra 37,86% dados a Lula. Tomou posse em 15 de março de 1990, tornando-se o mais jovem presidente do Brasil e o primeiro eleito por voto direto em três décadas. Exatos 35.089.998 brasileiros optaram por entregar a chave do cofre ao ladrão. Mas isso só se soube mais tarde.

          O homem que só tinha uma bala havia dado um tiro no pé. As ruas de dez capitais se encheram de manifestantes trajando roupas pretas. O presidente (Collor) estava sozinho.

          O Brasil sentiu-se de alma lavada. Por um momento pareceu que o país atingira a maturidade democrática e nunca mais um governante ousaria roubar o dinheiro do povo brasileiro. A ilusão durou pouco.